O volume de financiamento imobiliário com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) fechou 2023 em alta no Rio Grande do Sul. O total de empréstimos com esse tipo de recurso cresceu 73,81% em valores no ano passado ante 2022. Em quantidade de transações, a alta é de 44,54%.
Os dados são da Caixa Econômica Federal, enviados a pedido da reportagem de GZH. A reformulação do Minha Casa Minha Vida é um dos principais pontos citados por especialistas para explicar esse salto em 2023 após anos de estabilidade. O movimento ajudou a construção civil em um período ainda marcado por juro elevado no setor como um todo.
Em 2023, foram movimentados R$ 7,3 bilhões em empréstimos com o uso do FGTS no Estado. No ano anterior, a cifra ficou em R$ 4,2 bilhões. Olhando pelo lado do número de financiamentos, foram 34,4 mil em 2023 contra 23,8 em 2022.
O diretor para assuntos de Habitação de Interesse Social do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado (Sinduscon-RS), Ricardo Prada, atribui a ampliação ao novo regramento do Minha Casa Minha Vida, relançado pelo Governo Federal em 2023. O aumento do teto de financiamento de imóvel para R$ 350 mil é uma dessas ações, segundo o dirigente:
— Isso e a redução da taxa de juros são fatores que fizeram um incremento muito grande para o uso do fundo de garantia para habitação de interesse social. São as duas grandes alavancas do programa.
Mudanças nas regras
No início do ano passado, o Governo Federal relançou o Minha Casa Minha Vida, com a meta de financiar 2 milhões de casas até 2026.
Ricardo Prada afirma que a flexibilização do programa de habitação também ajudou o setor de construção civil em um ano em que o segmento ainda sofria com o impacto do juro elevado:
— Não tenho a menor dúvida que foi importante. Algumas empresas que não trabalhavam com Minha Casa Minha Vida, ao ter esse teto alterado, passaram a olhar para o programa com outros olhos. Ou seja, encaixou um público.
Projeções para o futuro
O dirigente do Sinduscon-RS projeta 2024 com novo avanço no setor de habitação de interesse social no Estado, mesmo que em patamar menos robusto na comparação com o ano anterior. Anúncios e análises de empresas do ramo corroboram essa estimativa, segundo Prada. Nesse sentido, ele aposta em uma suplementação nos recursos previstos para os financiamentos dentro do programa neste ano.
(Fonte: Parte de matéria publicada em ZH e GZH em 30 e 29 de janeiro)
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Fonte: https://sinduscon-rs.com.br/financiamento-imobiliario-com-recursos-do-fgts-cresce-7381-no-rs-em-2023/